JAYME
MOREIRA DE LUNA, bacharel em Direito, um dos maiores artistas
da fotografia brasileira, mineiro de Santa Rita do Sapucaí,
Minas Gerais, nasceu a 10 de Outubro de 1914 e faleceu em Niterói,
RJ, em 28 de novembro de 1999. Era niteroiense por opção.
Aqui fincou suas raízes. Amadureceu sua arte. Em 1944,
em plena Segunda Guerra Mundial, liderando um grupo de amigos
apaixonados por fotografia, fundou, no porão habitável
de sua solarenga em estilo “art nouveau”, na Avenida
Sete de Setembro 204, em Niterói, a operosa Sociedade
Fluminense de Fotografia, da qual foi presidente reeleito inúmeras
vezes e onde fundou e dirigiu a SFF-Revista, publicação
oficial da agremiação.
Graças a seus trabalhos
premiados em grande número de exposições
internacionais, foi agraciado, em 20 de Março de 1957,
pela Féderation Internationale de L’Arte Photographique, com sede em Berna na Suíça, com o título máximo daquela |
instituição, Honoraire Excellence FIAP(HonEFIAP) que diz: Em Hommage à ses efforts, à ses
travaux, à sa technique dans le domaine de L’art
photographique et reconnaissance pour les services éminents
qu’il a rendus à la cause de la Photographie. -
Berne, 20 Mars 1957 - Le Président: Dr. M. van de Wyer.
A
atuação da Sociedade Fluminense de Fotografia foi
de tal projeção, divulgando nossa terra e nossa
gente no exterior, que mereceu uma lei do ex-deputado Alberto
Torres autorizando o Estado a doar um terreno para a construção
da sede da agremiação que foi assinada pelo ex-governador
Edmundo de Macedo Soares e Silva, a 17 de outubro de 1949. Certa
vez, uma universitária norte-americana dirigindo-se a
Jayme Moreira de Luna, queixou-se dizendo que pretendera fazer
uma homenagem ao Brasil mas não encontrara fotos de nosso
país na embaixada e em nossos consulados |
nos Estados Unidos. Sem perda de tempo, Jayme Moreira de Luna procurou o então
chefe da Divisão Cultural do Itamarati, embaixador e escritor
Nélson Tabajara de Oliveira, e colocou a Sociedade Fluminense
de Fotografia, não só
para atender à universitária americana, mas também
para difundir o Brasil no exterior, o principal objetivo da agremiação,
como reza seu estatuto. E, assim, ele próprio, a suas expensas,
fotografou todo o litoral brasileiro e, organizando coleções
de cinqüenta fotos cada uma, remeteu-as às nossas representações
diplomáticas nos principais países do mundo. |